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SESIMBRA | 10 LOCAIS A VISITAR

A uma curta distância de Lisboa fica uma das vilas mais carismáticas de Portugal. Estes são os melhores locais para visitar em Sesimbra.
Vista nocturna
Sesimbra

A uma curta distância de Lisboa, atravessando o Tejo, fica um dos locais mais carismáticos de Portugal. A vila de Sesimbra sempre foi ligada ao mar e isso é perfeitamente visível nas suas tradições, nos seus monumentos, na sua cultura e até na belíssima arte de rua que se espalhou pela localidade nos últimos anos. Além disso, esta ligação ao mar é também particularmente visível na sua riquíssima gastronomia, onde o peixe de qualidade e o marisco são os elementos essenciais. De facto, Sesimbra vale uma visita apenas pela sua gastronomia, mas há muitos mais pontos de interesse para visitar. Desde logo, destacam-se as suas praias, muito procuradas no Verão e, obviamente, toda a beleza da Serra da Arrábida.

Arte Urbana
Sesimbra

Mas em Sesimbra é ainda possível visitar Igrejas com belíssimos azulejos, um castelo com vistas para o oceano e uma fortaleza de onde pode apreciar as praias circundantes. Há realmente algo de especial em Sesimbra e a melhor forma de o constatar é visitar esta carismática localidade da Península de Setúbal. Estes são os melhores locais para visitar em Sesimbra.


1. Castelo de Sesimbra

Classificado como Monumento Nacional em 16 de Junho de 1910, o Castelo de Sesimbra é o último dos Castelos sobre o mar, que chegaram, bem preservados, até aos nossos dias. As suas origens remontam ao século IX, período da ocupação muçulmana do território. Em 1165 é conquistado por D. Afonso Henriques, e em 1191 é perdido para os Almóadas. A sua reconquista definitiva dá-se por iniciativa de D. Sancho I, em 1199, monarca que atribui o primeiro foral à Vila de Sesimbra, então sediada no interior do monumento. Ao longo de toda a Idade Média, e dada a sua importância estratégica na defesa das fronteiras marítimas e terrestres do reino, o Castelo é alvo de inúmeras ampliações. A partir do século XV, com o desenvolvimento de actividades marítimas como a pesca ou a construção naval, na Póvoa Ribeirinha, a população vai-se sediando, progressivamente, junto à baía.

Castelo de Sesimbra

Em 1516, ano da Visitação de D. Jorge de Lencastre, Mestre da Ordem de Santiago, apresentava já evidentes sinais de abandono, que se foram acentuando ao longo dos séculos seguintes. O avançado estado de ruína do monumento acaba por ser travado entre 1933 e 1945, com as obras de conservação promovidas pela Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais. Actualmente, o Castelo de Sesimbra encontra-se sob gestão da Câmara Municipal de Sesimbra. É um monumento vivo, palco de inúmeras iniciativas de índole cultural. No seu interior localiza-se a Cafetaria de Santiago, o Centro de Interpretação do Património Rafael Monteiro, e duas exposições permanentes sobre a sua história. Disponibiliza um circuito museológico que permite ao visitante, de forma autónoma, usufruir dos diversos pontos de interesse do Imóvel.


2. Santuário do Cabo

Classificado como Imóvel de Interesse Público pelo decreto n.º 37728, de 5 de Janeiro de 1950, o Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel consiste num complexo arquitectónico civil e religioso único, que alia a monumentalidade do edificado à imaterialidade da devoção religiosa. As suas origens remontam, pelo menos, ao século XIV, a um documento da chancelaria de D. Pedro I, datado de 1366, que refere os caminhos de peregrinação a Santa Maria do Cabo. No entanto, de acordo com a tradição oral, a descoberta, no promontório, da imagem de Nossa Senhora por dois velhos da Caparica e de Alcabideche, que, em sonhos semelhantes, teriam sido avisados pelos Céu, terá ocorrido, somente, no ano de 1410. O século XV marca, pois, um amplo desenvolvimento do Santuário. Neste período é erguida a Ermida da Memória, bem como a primitiva Igreja.

Santuário do Cabo Espichel

A elevada afluência de peregrinos ao local, pautada pela constituição, em 1432, da Confraria de Nossa Senhora do Cabo, leva a que, entre 1701 e 1770, sejam erigidas as principais edificações que hoje compõem o complexo arquitectónico: Casa da Água; Igreja; Aqueduto; Mãe d’Água/poço Velho da Azóia; Poços; Casa da Lenha, Casa da Ópera; Hospedarias; Três Cruzeiros de Peregrinação e Cruzeiro de Chegada. Com as invasões napoleónicas, o culto entre em progressivo declínio, travado, contudo, por diversas obras de recuperação realizadas ao longo das últimas décadas. Actualmente, o culto no Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel encontra-se vivo, nomeadamente através das celebrações dos círios de Azoia, Palmela e Sesimbra, cujas festividades se realizam nos meses de Março e Abril e Agosto e Setembro, respectivamente.


3. Capela do Espírito Santo dos Mareantes de Sesimbra

A Capela foi edificada no século XV como sede da Confraria do Espírito Santo dos Mareantes de Sesimbra, e possuía uma capela e um hospital, arruinados com o terramoto de 1755. O hospital foi encerrado e permaneceu a Capela até meados do século XX. De planta rectangular, e com fachada de estilo barroco, o edifício organizava-se no seu interior por dois pisos: a capela, no superior, e o antigo sprital (Hospital), no inferior, surgindo neste último grafitos parietais de embarcações datadas do século XVII-XVIII.

Capela do Espírito Santo dos Mareantes de Sesimbra

Foi classificada como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto-lei n.º 129/77 de 29 de Setembro, e em 2000, a Câmara Municipal de Sesimbra, em parceria com a Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais iniciou a sua recuperação. A intervenção ficou concluída em Dezembro de 2004, altura em que abriu ao público como núcleo do Museu Municipal de Sesimbra. O seu acervo inclui uma importante colecção de Arte Sacra, da qual se destaca o quadro “Nossa Senhora da Misericórdia”, atribuído a Gregório Lopes, do século XVI, e que foi submetido a trabalhos de conservação e restauro entre 2014 e 2015.


4. Fortaleza de Santiago

O Forte de Santiago está situado num local de grande beleza: na lindíssima baía de Sesimbra, sobranceiro à Praia da vila, sendo também conhecido por Forte da Marinha, Forte da Praia ou Fortaleza de Santiago. A estrutura foi edificada em 1648 como a mais importante fortificação da baía de Sesimbra, provavelmente sobre uma anterior edificação quinhentista que, por ter sido muito atacada, estava já muito destruída.

Fortaleza de Santiago

A actual estrutura foi então projectada por João Cosmander, passando a partir de 1712 a ser a sede do Governo Militar (“das Armas”) da região e também destinada a servir como residência de Verão dos infantes reais. Sem desempenhar funções militares, em 1879 o Forte foi cedido à Guarda Fiscal e em 1886 à Alfândega, tendo mais tarde, em 1977 sido classificado como Imóvel de Interesse Público. O Forte se Santiago apresenta planta poligonal, alongando-se em linhas abaluartadas, albergando a casa do governador ou de comando e as dependências da guarnição, a cisterna, o paiol, as masmorras e a Capela.


5. Museu Marítimo de Sesimbra

O Museu Marítimo de Sesimbra apresenta um valioso património ligado ao mar e à pesca fruto, em grande parte, de um trabalho de proximidade feito com a comunidade piscatória. O mar é parte integrante da história de Sesimbra e da sua comunidade. O Museu Marítimo de Sesimbra, aberto ao público desde 2016, reúne elementos que permitem compreender essa história e essa vivência desde há cinco mil anos. O espaço apresenta um valioso património ligado ao mar e à pesca, fruto, em grande parte, de um trabalho de proximidade feito com a comunidade piscatória. Um cepo de âncora com 5 mil anos associado à navegação no período romano e um conjunto de anzóis e pesos de rede situados entre 2500 e 200 a.C. são os artefactos mais antigos da exposição, e transportam o visitante no tempo para conhecer os vários povos que passaram pelo território, assim como a sua forte relação com o mar.

Museu Marítimo de Sesimbra

Como viajavam os pescadores de Sesimbra, as devoções marinheiras e marítimas, as várias artes de pesca, o Parque Marinho e o rei D. Carlos são algumas das temáticas que ocupam os vários espaços do equipamento. Muitos dos objectos expostos foram cedidos por pescadores ou famílias de pescadores sesimbrenses e pertenceram a embarcações ou lojas de companha. Parte das maquetas são da autoria de autores sesimbrenses, e muita da informação disponível foi compilada e trabalhada em colaboração com os nossos homens do mar, gente de um conhecimento imenso. Para além disso, com recurso a novas tecnologias é possível consultar uma base de dados com marítimos de Sesimbra e as principais rotas e pesqueiros utilizados pelos nossos pescadores. O Museu está dividido por temáticas que ocupam vários espaços existentes na Fortaleza de Santiago, edifício emblemático, também ele ligado ao mar, e que neste modelo, acaba por se transformar numa “peça” no conjunto do próprio Museu.


6. Moagem de Sampaio

A moagem de Sampaio é um edifício erigido em inícios do séc. XX, que inicialmente terá cumprido a função de cavalariça mas que foi adaptado na década de 1910 para moagem de trigo e milho. As evidências documentais mais antigas conhecidas são registo do motor Hornsby-Stockport (1917) e o alvará para funcionamento (1918). A moagem de Sampaio, sob gestão da firma “Morujão & Lourinha, Lda.”, situa-se na proximidade de antigos centros produtivos agrícolas, como a quinta de Calhariz, recebendo cereais provenientes de todo o Concelho. Ao processamento destes cereais, para produção de farinhas em rama, juntou-se a torrefacção de café no ano de 1946. Esta pequena moagem rural entra em declínio e cessa actividade nas décadas de 1980 e 1990, estando já sob exploração de Manuel Félix dos Santos, antigo funcionário que gere a unidade a partir de 1982.

Moagem de Sampaio

Para conservar esta parte importante da história do município e dando corpo a uma intenção já antiga, a Autarquia, entre 2008 e 2013, levou a cabo a conservação in situ e musealização do edifício e do seu recheio, transformando-o num núcleo museológico. São temas explorados a história da fábrica, a força motriz ali aplicada, a recuperação do motor central, a moagem de cereais em mós francesas, a limpeza do cereal e o trabalho agrícola. O núcleo dispõe de uma área dedicada às iniciativas do Serviço Educativo e uma zona de acolhimento em que se contextualiza a riqueza rural do Concelho na década de 1930. Destaca-se neste núcleo do Museu Municipal o facto de estarem em funcionamento todas as máquinas: motor a gás-pobre Hornsby Stockport, bancada de mós francesas, combinado de limpeza, trieur Marot e bandeja despedradora.


7. Cabo Espichel

O Cabo Espichel é um cabo situado na costa ocidental da Península Ibérica, em Portugal, fazendo o prolongamento da serra da Arrábida, a ocidente da vila de Sesimbra, distrito de Setúbal. É banhado a oeste e a sul pelo oceano Atlântico. O Cabo Espichel é um local agreste, onde existem poucas árvores, e de forte exposição aos ventos marinhos, de modo que, poucas aves aí nidificam.

Cabo Espichel

No entanto, este local constitui-se num importante ponto de passagem de várias aves migratórias, podendo aí ser observadas a tarambola dourada, o ganso patola, o chasco cinzento, a alvéola amarela e o picanço barreteiro. É também um excelente local para se observar diversas espécies de aves marinhas. Sob as arribas do Cabo, existe uma gruta de grande beleza, à qual pouquíssimas pessoas conhecem, devido ao seu difícil acesso, que apenas pode ser feito por mar. Segundo Carlos Sargedas, fotógrafo de profissão, e sesimbrense de nascimento, este é um local com enorme potencial turístico e económico, com características únicas no mundo.

8. Casa do Bispo

O imóvel, que esteve vários anos abandonado, foi recuperado pela Câmara Municipal, no âmbito do Programa de Valorização da Frente Marítima de Sesimbra, apoiada por fundos do QREN. O espaço é gerido por duas associações do concelho, o Círculo António Telmo e a Casa das Artes de Sesimbra, ao abrigo de um protocolo com a autarquia.

Casa do Bispo

O edifício, que estava bastante degradado, foi alvo de intervenção com um custo de 300 mil euros mil euros, comparticipados em 65 por cento pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional/POR Lisboa, o que representa um investimento de cerca de 100 mil euros para a autarquia. A estrutura e as características originais foram mantidas apesar das infraestruturas estarem muito danificadas. A fachada original, que conserva uma pedra heráldica oitocentista e um painel de azulejo com a imagem de São José, foi preservada, porém, no interior a arquitectura é mais contemporânea o que permite rentabilizar os espaços.


9. Igreja da Nossa Senhora da Consolação

A Igreja de Nossa Senhora da Consolação é um templo fundado em 1165, apresentando-se muito alterado em relação ao original. Do período maneirista resta o portal, sendo o interior revestido por um conjunto de painéis de azulejaria da primeira metade do século XVIII. O templo primitivo é um marco da primeira reconquista cristã levada a cabo por D. Afonso Henriques.

Igreja da Nossa Senhora da Consolação

Apresenta planta longitudinal regular, sendo composto por templo com torre sineira retangular e anexos. A fachada apresenta um “estilo chão”. O interior, comporta uma nave, capela-mor e sacristia, encontrando-se as paredes revestidas a azulejaria azul e branca. A Capela-mor, encontra-se separada da nave por um arco triunfal, dando acesso à sacristia.


10. Jazida de Icnofósseis da Pedreira do Avelino

O Núcleo Interpretativo da Jazida de Icnofósseis da Pedreira do Avelino, no Zambujal, é um dos sete monumentos naturais do país. Foi identificada nos finais da década de 80 do século passado e classificada como monumento natural em 1997. Conservadas numa superfície que, há cerca de 155 milhões de anos, era o fundo lamacento da margem de uma laguna litoral, as 108 pegadas estão distribuídas por cinco pistas de diversos herbívoros quadrúpedes, de longa cauda e pescoço comprido.

Jazida de Icnofósseis da Pedreira do Avelino

O Núcleo pode ser visitado todos os dias de forma gratuita e sem o acompanhamento de um guia, pois existe uma plataforma para observação das pegadas e painéis informativos e de interpretação do sítio que ajudam a conhecer a época em que viveram, assim como curiosidades e características dos dinossauros. Para além da Pedreira do Avelino, existem no concelho mais duas jazidas classificadas como monumentos naturais: a Pedra da Mua e os Lagosteiros, no Cabo Espichel, que integram o percurso pedestre PR2 – Maravilhas do Cabo, e que pode ser percorrido através da sinalética existente no terreno, ou com auxílio de folhetos, disponíveis no Posto de Turismo de Sesimbra.







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