Localizada na península de Setúbal, Palmela deslumbra, logo desde o início, graças ao seu imponente castelo no alto de uma montanha. Mas Palmela tem muitos mais pontos de interesse além do seu castelo. São vários os museus, centros culturais e património arquitectónico dignos da sua visita. Palmela é também famosa pelos seus vinhos. Esta é, aliás, uma das regiões vinícolas mais famosas de Portugal e produz uma grande variedade de vinhos e licores de excelente qualidade. Perto de Palmela tem ainda a oportunidade de descobrir algumas das mais belas áreas naturais de Portugal, como o Parque Natural da Serra da Arrábida ou a Reserva Natural do Estuário do Sado. As praias também estão muito perto e são de óptima qualidade, com destaque para as praias da Arrábida, as praias de Tróia ou as praias da Comporta. Estes são os melhores locais para visitar em Palmela e arredores.
01) Castelo de Palmela
Com ocupação islâmica entre os séculos VIII-XII, o Castelo de Palmela foi conquistado por D. Afonso Henriques, em 1147 e definitivamente recuperado por D. Sancho I. Sede definitiva da Ordem de Santiago, de 1443 até à sua extinção, em 1834, a fortificação é Monumento Nacional desde 1910. A posição geográfica do castelo permite um domínio estratégico de parte do estuário sadino, de uma vertente da cordilheira da Arrábida e das planícies envolventes que a separam do Tejo. Esta situação, noutros tempos, revestia-se da maior importância pelas ligações e possibilidades de comunicação que se estabeleciam com os castelos circundantes das linhas do Tejo e do Sado.
Dentro das muralhas do Castelo encontram-se: a Pousada Histórica de Palmela, situada no antigo convento da Ordem de Santiago; a Igreja de Santiago; as ruínas da Igreja de Sta. Maria, em cuja sacristia está instalado o Gabinete de Estudos sobre a Ordem de Santiago; o Posto de Turismo; lojas de artesanato e produtos regionais e, um Café-Espanada. O Museu Municipal apresenta diversos espaços visitáveis no Castelo: o Espaço Arqueológico, o Espaço de Transmissões Militares e a Reserva Visitável de escultura de São Tiago (esta com visita sujeita a marcação prévia).
02) Azulejos de Palmela
O concelho de Palmela possui um importante património azulejar, que se distribui por igrejas, fachadas de habitações particulares e edifícios públicos. Aqui, podemos encontrar exemplares de azulejos hispano-mouriscos, revestimentos de tapete do século XVII, azulejos historiados do século XVIII, azulejos de fachada das habitações burguesas de início do século XX, e intervenções da época contemporânea.
Dos exemplares do século XVI, apenas restam alguns elementos de azulejos hispano-mouriscos (de aresta), resultado das intervenções arqueológicas realizadas no Castelo de Palmela. O século XVII está bem representado com azulejos onde predomina o gosto pelo amarelo, azul e branco. Podemos ver exemplares desta época na Igreja de Santa Maria do Castelo, na Capela de S. João Baptista e na Igreja da Misericórdia (na vila de Palmela), bem como na Capela de S. Gonçalo, em Cabanas.
03) Casa Mãe da Rota dos Vinhos de Palmela
A Casa Mãe da Rota de Vinhos, localizada no coração da vila de Palmela é uma antiga adega que surpreende o visitante pela beleza interior do edifício. Actualmente reconvertida em ponto de informação enoturística, a Casa Mãe da Rota de Vinhos assume-se como central de reservas para visitas guiadas nas adegas e a outros locais como os centros de artesanato, queijarias, património edificado ou actividades como observação de golfinhos ou passeios de barco pelo Sado.
A Casa Mãe da Rota de Vinhos funciona também como loja dos vinhos certificados com Indicação Geográfica Península de Setúbal e Denominação de Origem Palmela e Setúbal. Para além de praticar preços de adega, é possível adquirir e degustar o melhor desta região vinícola! Os frutados vinhos brancos, os jovens rosés, os encorpados tintos castelão e os afamados Moscatéis de Setúbal, passando pelos espumantes, aguardentes ou licorosos.
A Casa Mãe da Rota de Vinhos tem também para oferecer uma diversidade de produtos regionais de qualidade, como uma variedade de pastéis e bolos deliciosos, compotas e geleias de frutas, manteiga de ovelha e queijo de Azeitão de Denominação de Origem Protegida, mel e chás biológicos. Conheça os menus de degustação e delicie-se com o melhor desta região no nosso espaço exterior, a esplanada wine lounge, que proporciona um agradável local de lazer com vista para o Parque Natural da Arrábida.
04) Igreja de São Pedro
Templo maneirista, de interior totalmente revestido a azulejo barroco, edificado durante o reinado de D. João V, onde se conta a vida apostólica de São Pedro. Conserva um importante património escultórico e pictural, como o conjunto de telas setecentistas das capelas laterais e capela-mor.
Destaque ainda para a escultura representando Santiago Peregrino, do século XVI, em madeira policromada, que se encontra na sacristia. (Imóvel de Interesse Público)
05) Museu da Música Mecânica de Palmela
O Museu da Música Mecânica tem como missão o estudo, preservação, valorização, divulgação e fruição de uma coleção particular representativa da música mecânica, decorrente sobretudo entre os finais do séc. XIX até à década de 30 do séc. XX.
O Museu integra diferentes valências funcionais – área expositiva, sala documental, auditório, sala multiusos, loja, cafetaria – que numa perspetiva integrada promoverá exposições, espetáculos, workshops, conferências, reuniões de trabalho, festas de aniversário e outros eventos de cariz cultural, educativo e/ou de lazer.
06) Igreja Conventual da Ordem de Santiago
Construída para Igreja Conventual da Ordem de Santiago, na segunda metade do século XV, este templo tem 3 naves e sofreu ao longo dos séculos diversas campanhas de obras, das quais ainda há vestígios de revestimento azulejar e de pintura mural. Ostenta uma interessante cachorrada sob o côro-alto.
No interior, encontra-se sob arcossólio de decoração manuelina a arca-ossário, em brecha da Arrábida, na qual repousam as ossadas de D. Jorge, filho ilegítimo do Rei D. João II, último Mestre da Ordem de Santiago. É também de revelar a importante colecção de tumulária existente no interior da Igreja.
07) Grutas Artificiais de Quinta do Anjo
O monumento funerário das Grutas Artificiais de Quinta do Anjo foi identificado, no último quartel do século XIX, circunstancialmente, durante a extração de calcário no local, ação que provocou a destruição parcial da necrópole, com maior incisão nas grutas 3 e 4.
Destinado a inumação coletiva, o monumento é composto por quatro grutas artificiais, escavadas no calcário brando da Arrábida, e utilizadas como necrópole entre o Neolítico final e o Bronze Inicial.
08) Castro de Chibanes
O sítio fortificado de Chibanes localiza-se em uma área culminante da Serra do Louro, com extenso domínio visual, que atinge, para norte, o sistema estuarino do Tejo e, a sul, o rio Sado. A superfície amuralhada durante a Pré e a Proto-história estima-se em cerca de 1 ha. A mais antiga ocupação remonta ao Calcolítico e Bronze antigo, entre 5000 e 3700 anos A.C.
Abandonado no final do Horizonte Campaniforme (Bronze antigo), o local foi reocupado, graças às suas boas condições geoestratégicas, na II Idade do Ferro (sécs. III-II a. C.) e no período proto-romano, também designado por romano-republicano (sécs. II-I a. C.).Chibanes comporta-se, assim, como um notável lugar da História, com elevadas potencialidades patrimoniais reveladas pelas escavações arqueológicas do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS).
09) Palácio de Rio Frio
Entre o Montijo e Alcochete, não muito longe das margens do Tejo, o silêncio magnífico envolve o Palácio de Rio Frio e os campos dourados ao fim da tarde. Já lá vão os tempos em que este palácio era a casa abastada de uma das maiores herdades do país. Em 1892, ainda antes de o palácio existir, Rio Frio era uma propriedade de 17 mil hectares, onde o veterinário José Maria dos Santos mandou plantar uma gigantesca vinha, o que significa qualquer coisa como dez milhões de cepas, constituindo, para a época, uma exploração vinícola sem rival no mundo.
Nas gerações seguintes, a herdade continuava a ser uma das maiores do pais e foi deixada em herança a um sobrinho de José Maria dos Santos, Alfredo Santos Jorge, que mandou construir o Palácio de Rio Frio no princípio do século. Não se sabe quem foi o arquitecto desta casa por terem desaparecido num incêndio todos os arquivos que o identificariam, mas os azulejos que decoram o exterior e o interior da casa foram encomendados a Jorge Colaço.
Maria de Lourdes Pereira Lupi d’Orey, actual proprietária do Palácio de Rio Frio e sobrinha -neta de Alfredo Santos Jorge, ainda se lembra da magia da vida na herdade, quando para aqui veio viver, em criança, com os pais. Era uma época em que o tempo passava devagar, ao ritmo das estações e das épocas agrícolas. Produziam-se na herdade todos os produtos básicos e necessários à vida diária da família: pão, manteiga, farinha, ovos, leite, arroz, legumes, carne de gado, etc.
Eram uma família grande, profundamente ligada ao campo e à lavoura, e, dos vários irmãos de Maria de Lourdes, foi José Samuel Lupi que se destacou como figura tauromáquica de relevo no seu tempo. Apesar da proximidade de Lisboa, uma estadia no Palácio de Rio Frio tem todos os ingredientes para um delicioso mergulho na natureza e permite usufruir de todos os prazeres do campo, num ambiente simpático e acolhedor.
10) Adega Venâncio da Costa Lima
A Venâncio da Costa Lima é uma das adegas mais antigas da região de Palmela, com início de actividade em 1914. Sendo um negócio familiar, esta adega já vai na quarta geração.
Produtora de Vinhos de Mesa, Vinhos Certificados (Regional Península de Setúbal e DO Palmela) e Moscatel de Setúbal, esta empresa mantém o seu objectivo: produzir vinhos actuais e modernos, mas mostrando sempre o perfil e as características de um vinho desta região. Produz também aquele que considera ser um dos ex-líbris de região: o Moscatel de Setúbal.
Aperfeiçoando continuamente a arte de fazer vinho, esta empresa tem feito um percurso apoiado numa actualização tecnológica permanente, permitindo a evolução da qualidade dos seus vinhos. Reconhecida recentemente como produtor do Melhor Moscatel do Mundo (Muscats du Monde 2011), esta adega tem investido no seu portefólio, imagem e notoriedade, trabalhando
diariamente para a construção de uma empresa actual e competitiva. Conheça a nossa história e descubra os sabores desta região!
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